Honda S2000


Em tempo de crise, toda a gente irá aconselhar a compra de um carro familiar, pratico, com espaço suficiente para todos e nunca na vida um descapotável.Resolvi escrever este texto, porque o S2000 é um dos meus carros de sonho e sendo eu um rapaz de emoções fortes e se a carteira assim o permitisse, nem pensava duas vezes.
Na verdade um roadster nunca foi indiferente a ninguém, toda a gente gostaria de ter um, seja para fazer um passei tranquilo num dia mais solarengo, ou seja para aliviar o stress numa estrada com mais curvas. Podem passar anos e anos, mas um descaputavel sempre irá fazer virar cabeças, no caso do S2000, as suas linhas intemporais reforçam ainda mais o que acabei de escrever. Quem não conheça o S2000 nunca irá dizer que é um carro de 99.



Este Honda em particular, não é um carro para toda a gente, é um carro feito com paixão, criado para puristas, se você esta habituado a ajudas eletrônicas este carro não é para sí, é barulhenta, nervoso, demasiado crú, ou seja, nada luxuoso. O motor atmosférico VTEC de quatro cilindros, com 2,0 litros e 240 cv, capaz de atingir 9000 rpm, que foi durante muito tempo o carro com maior rendimento específico do mundo de 120 cv por litro, que só foi batido uma década depois pelo Ferrari F458 Italia.
Mesmo para um "pequeno" 2.0, conseguia ombrear com o Nissan 350Z de 280 cv do 3.5 V6 da família de motores VQ da Nissan.
Dos 0 aos100 km/h em 6,2 segundos e com uma velocidade máxima de 241 km/h eram valores respeitáveis, mas mais do que os números era a forma como alcançava estas prestações. As 9000 rotações por minuto ainda hoje atraem muitos fãs da marca, e o seu carisma dão-lhe um lugar de destaque no mundo automóvel.

Apresentava uma configuração com motor central, uma vez que o motor encontra-se recuado em relação ao eixo dianteiro, e a respectiva tração traseira. Este motor encontra-se acoplado a uma transmissão manual de seis velocidades e conta com a ajudar de um diferencial autoblocante com o propósito de melhorar a tracção.
Distribuição de peso (ideal) de 50:50 ajudado pelo capô em alumínio, um chassi com configuração X-bone, que segundo a marca permite uma maior rigidez, e mais protecção para os ocupantes em caso de embate.

Os primeiros comercializados desde 1999 ficaram conhecidos como AP1 e os segundos comercializados a partir de 2003 por AP2. A comercialização do Honda S2000 terminou em Julho de 2009, e a marca atenta à crise mundial, entendeu que não voltaria a construir um modelo com estas características.
Depois da segunda geração houve algumas séries especiais como algumas alterações e características diferentes, caso da versão Club Racer lançada em 2007 para o mercado Norte-Americano, ou da mesma versão mas desta feita para o mercado Japonês a que lhe deram o nome de Type S. Eram versões mais radicais, para um uso mais exclusivo em pista.
Por fim a marca japonesa lançou em 2009 a versão final deste modelo no mercado europeu, o S2000 Ultimate Edition, que trazia um hard-top de origem, um interior com duas tonalidades (vermelho e preto) e outras jantes especiais.


A qualidade construção exibe algum plástico,mas a montagem em sí não merece criticas de maior. O tablier e a consola central exibem revestimentos em pele, mas não está isento de ruídos parasitas.No que toca á segurança sendo um carro já com alguma idade, claro que hoje em dia é muito imaturo nesse aspecto. Ainda assim os arcos de segurança atrás dos encostos de cabeça e o reforço da moldura do pára-brisas aumentam a segurança em caso de capotamento, algo que não estamos nada interessados em experimentar...


 A condução como já referi vai agradar principalmente aos mais entusiastas da condução desportiva, extremamente puro. Como manda um desportivo, é possível levar as pernas esticadas. Apesar de também existir um pequeno pára-vento em zona idêntica. Com a capota fechada, os ruídos aerodinâmicos chegam a incomodar, o que torna difícil ouvir música a velocidades elevadas.

O S2000 pede um tipo de condução constantemente prudente a quem tem menos expriencia, é um carro que se pode voltar ao dono. O motor parece renascer a partir das 6000 rpm, com uma sonoridade tão estridente como viciante. Com uma boa repartição de massas - o motor está colocado atrás do eixo dianteiro -, o châssis é ágil e as "escapadelas" da traseira são (relativamente) fáceis de controlar, o que proporciona grandes doses de adrenalina. A rigidez estrutural é boa e o autoblocante traseiro contribui para a boa motricidade que este modelo exibe.

Consumos irão depende dos estado de espírito do condutor, lembre-se que este carro foi criado numa altura em que ainda não se olhava ao preço dos combustíveis. Se acorda num daqueles dias em que lhe apetece descarregar todo o stress no pé direito, pode ultrapassar facilmente os 25 l/100 km. Mas se a ideia é passear calmamente (não é fácil...), os números descem para metade, em ambiente urbano. Mas pode contar com uma média ponderada de 11,4 l/100 km.

Conclusão:
O s2000, agrada a todos pela estética, quem disser que é feio claramente não sabe apreciar design automóvel. Mas não se deixe ir pela estética apenas, lembre-se que este carro irá desfazer o penteado da sua mulher e irá ser tão barulhento que irá impedir o seu filho de ouvir a musica do Justin Bieber. Mas se você adora conduzir, se gosta de subir aquela montanha para ir ver o por do sol, este carro é para sí claramente, e orgulhe-se você é alguém purista á moda antiga.

Antes de comprar, veja os nossos conselhos na compra do S2000 aqui

adaptação e texto: Ricardo.R

Fonte: Alguma info retirada de:
- http://www.autoblog.pt/honda-s2000/
- http://sub.automotor.xl.pt/0605/2300.shtm

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